Elena passeia pelo jardim
Da vida não levo nada,
Senão toda uma apatia
De uma vida que, esgotada,
Transformou-se em poesia
E logo após transformada,
Dia e noite, noite e dia
Passaram numa tacada,
Sem saber dessa agonia.
Repito, então, consternada,
Da vida não levo nada,
Senão uma vã caminhada
Numa tarde um tanto fria.