ALVOS JASMINS
ALVOS JASMINS
Sinto
neste instante,
um cheiro
suave de jasmim,
mas não vejo
nenhuma flor
por perto
com este aroma.
Olho ao redor,
mais adiante,
vejo outras flores,
exceto o jasmim,
que não vejo,
mas sinto teu
cheiro mavioso.
Se não há esta
flor, perto de mim,
se o meu olhar
não a alcança,
por que não sinto
outro perfume
de flor, a não ser
este, de jasmim,
que a brisa fresca
da manhã me traz,
e que me envolve,
qual a paz benfazeja
dos jardins agrestes?
Imagino que sinta
o cheiro do jasmim
pelo olfato, mas
me intriga, não ve-las
alvas no jasmineiro.
Deduzo então, que
elas estejam perto
de mim, porém
não as vejo, porque
exalam os olores
de jasmins espirituais.
Fecho os olhos.
Pendo a cabeça
num cochilo.
A voz do vento,
num sussurro,
me motiva sonhar.
Abro os olhos.
(não os do corpo,
mas os da alma)
E o que vejo,
são alvos jasmins.
Ao redor
do jasmineiro,
anjos entoam
árias celestiais.
Escritor Adilson Fontoura