OPULÊNCIA DE UMA MANHÃ
Louvemos a chuva da madrugada.
Houve trovões, houve raios,
Muita água lavou a poeira,
Limpou o ar de forma sagrada,
Trouxe aos cães o quase desmaio,
Choveu ora fraco ora forte a noite inteira.
Louvores também aos tantos raios,
Transformaram, de graça, nitrogênio,
Adubaram, em novembro, rosas de maio.
Foi o deus Tupã por vários milênios ...
O dia clareia, a chuva se foi, passarinhos
Cantam a alegria de vida em mais um dia.
Minha cadela alimentada me olha e um carinho
Se apodera de minh'alma como fosse às aves marias ...