- Sou um cachorro de rua!
Assim que eu sou, não liguem para mim, um cachorro de rua,
Aqui e ali não tenho rumo nem lar, vivo a rodar sem beiras,
Quase não lato, pois, não preciso ser um vigia noturno,
Não tenho um lar para guardar! Na rua sou livre e largado.
Vê-se um pedaço de pão pego rápido para matar a fome.
Outros me escapolem da boca e levam consigo, que seja.
Não sou de briga e alguns me acariciam de fato, são poucos.
No meu agradecimento abano o rabo com força,
Uns percebem outros nem sabe do porque, alegria.
Não tentem me levar para uma casa decente, sem sentido.
No máximo um carinho na cabeça cai bem!
Mesmo sendo de rua gosto de um cafuné. É bom!
Se tentarem me levar e quiser me tratar, peço,
Faz não, vou fugir, não sei viver na prisão de um lar.
Levo a vida nesse vai e vem diário, ora aqui ora acolá,
Ora estou de boa noutra uma fome apertada, tudo passa.
Não liguem para mim não, tenham certeza, sou feliz!
Ninguém sabe de onde vim, mas, um dia eu irei,
Talvez alguém possa perguntar para si mesmo, interrogando!
Onde está aquele cachorro de rua que nunca mais apareceu?
Escondido eu vou ouvir e abanar o rabo agradecido! Ninguém saberá!
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