Novembro pantaneiro
Esse novembro azul
Deflagra tenras manhãs
Nuvens de seda púrpura
Nas asas do arancuã
Debruçado em seu leito
O velho rio sonolento
Sussurra feliz beijando o eito,
Coisas de paz e sossego ao vento
De repente e ao longe
O estranho ronco arrepiante
Tem asas de metal e range,
Sangra as veias do rio arfante
Mas no instante seguinte
Flores ribeirinhas em todo lugar
E pássaros, bichos, nuvens e gente
Ciosos de si, voltam a respirar
Esse novembro azul
Deflagra tenras manhãs
Nuvens de seda púrpura
Nas asas do arancuã
Debruçado em seu leito
O velho rio sonolento
Sussurra feliz beijando o eito,
Coisas de paz e sossego ao vento
De repente e ao longe
O estranho ronco arrepiante
Tem asas de metal e range,
Sangra as veias do rio arfante
Mas no instante seguinte
Flores ribeirinhas em todo lugar
E pássaros, bichos, nuvens e gente
Ciosos de si, voltam a respirar