ÀS MARGENS DO JAGUARIBE

ÀS MARGENS DO JAGUARIBE

Jamais pensei que algum dia,

A esta altura da vida,

Passasse u’a tarde bendita

Plena de graça e magia.

É que pude ver, de perto,

Numa beleza sem par,

O rio a correr aberto

Docemente, a deslizar...

Os barquinhos vão singrando

Num desfile colorido...

Tais crisálidas voando

Sem destino preferido.

À luz do sol descambando,

As águas mudam de cor.

Tudo se torna mais santo

E eleva u’a prece ao Senhor!

Sons se evolam pelos ares...

Força eólica girando...

Os pássaros retornando

Aos ninhos, seus doces lares.

Que desejo, então, senti

De molhar os pés no rio,

Num contato bem sadio...

Impossível! Resisti.

Meu coração está feliz

Por viver este momento,

Paz e amor que sempre quis,

Com meu Deus no pensamento.

Tesouro que descobri,

Joia preciosa que há.

Reluz, incrustada aqui,

No sertão do meu Ceará.

*

Fortaleza, 10/09/2018

Maria de Jesus Araújo Carvalho.

Maria de Jesus
Enviado por Maria de Jesus em 10/09/2018
Código do texto: T6444576
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.