ALADA
(Por Érica Cinara Santos)
E eis que ante o já esplendoroso cenário
Do anil de meu Tapajós vibrante
Vem ela chegando flamejante
Fazendo seu magnífico itinerário
Como quem baila em um céu somente seu
Abre suas elegantes asas
Voa por sobre todas as nossas casas
Espalhando toda leveza que o Criador a concedeu
E após teu belo voo, branco ser alado
Pousas suave por sobre a estrutura
Vens tecer, sem perceber, a mais bela pintura
Como um presente que dos Céus fora enviado
E inspira-me os versos
Versos que nascem como água a correr rio afora
Deixai-me, portanto, aqueles que por agora
Não sentem o belo em que estão meus olhos imersos
Ah, bela garça!
Não te apresses em daí partir
Deixai que mais brilhos dos meus olhos venham fluir
Antes que a paisagem que compuseste, num instante, se desfaça.