DESCOBRI...

Homenagem à Amambai, ao CAV e ao VAVE...

Liguei meu Spotify.

Ouvir o quê?

Deixei o coração escolher.

Advinha no que deu!

Amambai no peito floresceu...

À jovem guarda retornei.

Roberto, Jerry Adriano, Erasmo.

Nesse clima foi meu entusiasmo.

Desde festa de arromba.

Evaldo Braga com o grito.

E Roberto no seu calhambeque.

Foi o início de tudo.

Entre umas e outras...

Foi me envolvendo.

Amambai fui revivendo.

É das quermesses me lembrando.

Arnaldo Sória no serviço de alto falante.

Fui lembrando tudo de antes.

Que felicidade meu Deus!

Lembrar de tantos momentos.

De uma infância de tantas lembranças.

Desses tempos de criança.

Como explicar essa empolgação!

Tirar lágrimas nas memórias de meu sertão

De rever nítido no meu coração.

Índios da aldeia naquele caminho.

Eu, no galopar do alazão.

Atravessava aquelas areias.

Queria chegar logo na cidade.

Estremecia entre o medo e a curiosidade.

A viagem era de carroça.

Não tinha nenhum rádio.

Só os ruídos do mato e da cidade.

Mas, essa era só uma etapa.

Logo me despedi das matas.

Fui morar na cidade.

Outras emoções pra aquela idade!

Aí o matuto virou urbano.

Passei a ouvir música da MPB.

Oh, querida Amambai...

É aí que não a esquecerei jamais.

A Jovem Guarda era a moda.

Os Filhos do Sol eram seu reflexo.

Os bailes e nossa emoção.

E o Milionário nosso futebol e nossa canção!

Agora foi que descobri.

Que sou filho do panduí.

Refém de lembranças que jamais esqueci.

Daqueles tempos de guri.

Das ruas arenosas.

Dos grupos escolares.

Olha aí...

DESCOBRI minha origem!

No peito uma vertigem.

Cheio de momentos adoráveis.

De um vida ativa de instantes memoráveis.

Por isso sou CAV.

E neste momento rezo pelo amigo VAVE!

Que Deus o proteja.

Que Ele lhe reedite a vida ativa.

Que lhe devolva o sorriso.

Para um grande filho amambaiense...

Que sempre nos recebeu dando-nos seu ombro amigo.