HOUVE UM (ALGAMA)
Houve um tempo em que amei
Mas a completitude esvaziou,
E a flor tenra também se perdeu.
Houve um tempo de selado,
Você às vezes, do meu lado,
A eternidade então se esqueceu.
Houve um tempo de solidão,
Nos abismo que cavei,
E nos sonhos infantis que criei.
Houve uma correspondência,
Não amor, mas carência,
De algo bem mais voluptuoso.
Houve Traição escondida,
Até o fim, até sua partida,
Até o dia em que ainda te amei.
Houve amor, interior, só meu,
Coisa que você distorceu
Ao favor de ter meu corpo, e só.
Houve um tempo em que amei
Mas o agalma era lôbrego,
E feito um vão, o meu coração
Desapareceu.
Houve no amor apenas eu.
Luamor
PS: NÃO CONFUNDAM A OBRA COM O AUTOR
Chris Cornell - Like a Stone c/leg
http://www.youtube.com/watch?v=z8pnpCeaydA
========================================================
Espetacular soneto do poeta mestre Jacó Filho que muito me honrou
NÃO ERA AMOR
Meu coração vazio perde no ar teu cheiro,
Grita de saudades, ilhado de tua presença...
Perde-se por paixão e nela, põe-se inteiro,
Distante da razão que o amor vira doença...
Sonha sobre as águas com os pés n' areia,
Afogado no sentir sem ritmo ou compasso...
As ondas sedutoras, da mulher que anseia,
Moldam indiferenças, pondo dor no abraço...
Promessas no ouvido, soaram como falsas,
Reduzindo efeito de aparências fascinantes,
Para um sentimento moldado em ressalvas...
Se nossos corações fossem belos amantes,
Não víamos ninguém, o resto, iria às favas...
O céu nos receberia, por eternos viajantes...(Reedição)
Jacó Filho
========================================================
" Era o meu coração uma asa viva e turva e porosa asa de anelo.
Era primavera sobre os campos verdes.
Azul era a altura e era esmeralda o chão.
Ela -a que me amava- morreu na primavera.
Recordo ainda os seus olhos de pomba em desvelo.
Ela -a que me amava- fechou os olhos de pomba em desvelo.
Ela -a que me amava- fechou os olhos. tarde.
Tarde de campo, azul. Tarde de asas e vôos.
Ela -a que me amava- morreu na primavera.
E levou a primavera para o céu."
Pablo Neruda _____________________ De Crepusculario
Houve um tempo em que amei
Mas a completitude esvaziou,
E a flor tenra também se perdeu.
Houve um tempo de selado,
Você às vezes, do meu lado,
A eternidade então se esqueceu.
Houve um tempo de solidão,
Nos abismo que cavei,
E nos sonhos infantis que criei.
Houve uma correspondência,
Não amor, mas carência,
De algo bem mais voluptuoso.
Houve Traição escondida,
Até o fim, até sua partida,
Até o dia em que ainda te amei.
Houve amor, interior, só meu,
Coisa que você distorceu
Ao favor de ter meu corpo, e só.
Houve um tempo em que amei
Mas o agalma era lôbrego,
E feito um vão, o meu coração
Desapareceu.
Houve no amor apenas eu.
Luamor
PS: NÃO CONFUNDAM A OBRA COM O AUTOR
Chris Cornell - Like a Stone c/leg
http://www.youtube.com/watch?v=z8pnpCeaydA
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Espetacular soneto do poeta mestre Jacó Filho que muito me honrou
NÃO ERA AMOR
Meu coração vazio perde no ar teu cheiro,
Grita de saudades, ilhado de tua presença...
Perde-se por paixão e nela, põe-se inteiro,
Distante da razão que o amor vira doença...
Sonha sobre as águas com os pés n' areia,
Afogado no sentir sem ritmo ou compasso...
As ondas sedutoras, da mulher que anseia,
Moldam indiferenças, pondo dor no abraço...
Promessas no ouvido, soaram como falsas,
Reduzindo efeito de aparências fascinantes,
Para um sentimento moldado em ressalvas...
Se nossos corações fossem belos amantes,
Não víamos ninguém, o resto, iria às favas...
O céu nos receberia, por eternos viajantes...(Reedição)
Jacó Filho
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" Era o meu coração uma asa viva e turva e porosa asa de anelo.
Era primavera sobre os campos verdes.
Azul era a altura e era esmeralda o chão.
Ela -a que me amava- morreu na primavera.
Recordo ainda os seus olhos de pomba em desvelo.
Ela -a que me amava- fechou os olhos de pomba em desvelo.
Ela -a que me amava- fechou os olhos. tarde.
Tarde de campo, azul. Tarde de asas e vôos.
Ela -a que me amava- morreu na primavera.
E levou a primavera para o céu."
Pablo Neruda _____________________ De Crepusculario