Elizabeth

Brilhai sobre a parte mais escura

o amor que veio bravamente

da minha alma morta,

sobreviverei as guerras.

todo fogo que pula dos teus olhos

queimam os jovens que amam

sobre o luar gelado.

Noites

incineradas pelo ódio

que brota como água

do teu coração diabólico,

tu vens com tuas garras

arranhar o face da amada,

arranca-lhes os olhos

para que tenhas somente

os olhos dela, para ti.

Nada da qual foi lhe dito

ou até mesmo mostrado

mudará a tua sede por sangue,

matarás tantos inocente

para que tenhas a tua felicidade,

teus olhos sombrios

metem medo no homem

mais corajoso que habita sobre esta terra,

o teu grito de ódio

ecoa sobre os montes desertos,

adentra a cova

onde solitário

descansa os restos mortais

de Elizabeth.

Estás acabando com tudo ao teu redor,

todos que te amavam estão com medo

fugindo para o deserto,

escondendo-se nas cavernas

junto aos morcegos.

Teu corpo fede a podre

teu forte cheiro de enxofre

causa-nos náuseas,

nos obriga a vomitar a alma.

Quanto ódio habita dentro de um ser

tão pequeno

com uma estrutura frágil,

não existe oração que possa destruir

o demônio que apossou-se do teu pobre corpo,

a esperança

que alimenta meus dias,

afrontam a verdade

que em breve te perderei,

de joelhos verei teu corpo

ser carregado a força

para o abismo do medo,

para o mar da morte

para o vale das trevas.

Bruno Mariot
Enviado por Bruno Mariot em 05/07/2018
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