Paisagem interior
E estes céus de outono que não me deixam
Tiram-me a paz
Recolho-me às colorações do dia
E sol foge
Restam-me as impressões da paisagem cinza.
No ar
Vou camuflando os desejos
Adiando as partidas
E o vento matutino
Desce a cordilheira
Anuncia, matreiro, minhas tempestades
Vertem então dos meus olhos
Rios temperados de angústia e saudade.
Nas emissões de carbono e água
Que o tempo destila
Sinto que a vida me sorve
Em pequenos goles
Completamente sem pressa...
Beijo a todos!