O OUTRO EU
Há um outro eu escondido,
Que só aparece às vezes,
Sem eu esperar, é inimigo
Que me leva a prevaricar,
Quebrando a minha matriz
Que veio de Deus e eu quiz.
Este outro eu é preocupante,
Pois revela-se mau tratante,
Terei que me defender dele,
Nem que tenha de o atacar,
Com a minha escrita natural,
De crónicas, poesia e amar.
Por muito que eu me esforce,
Não me faço por ele obedecer,
É um permanente e vil padecer,
Terei que convive toda a vida,
Com este outro eu, má magia,
Minha eterna e inevitável sina.
Ruy Serrano - 13.04.2018