Sertão

No caminho de casa pela estrada

De terra batida, de chão,

No ombro carregando meu enxadão

E no pensamento uma moda cantada.

O céu alumiado como joia preciosa

Da chama do sol bora baixado

Refletido no alto céu pesado

De nuvens de massa gloriosa.

Repentina chuva vai caindo

Na estrada de poeira ressequida

E do meu corpo caipira

Dia de trabalho vai-se indo.

Como é bela esta vida

Vista sob o meu chapéu

Que seguro, sorrindo, pro céu,

Pra Senhora Aparecida.

Da roça não saio jamais

E que me perdoe o Seu Cidadão

Na capital não se sente o chão

Como no sertão das Minas Gerais.

Eudes de Pádua Colodino
Enviado por Eudes de Pádua Colodino em 11/04/2018
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