DA JANELA

Da janela observo a lua

Entre as folhas do limoeiro

Aqui não chega o barulho da rua,

O riacho faz um marulhar alvissareiro.

Um vento que passa e continua,

Agitando a folhagem do terreiro

Isso alenta meu humor que amua,

Me acalma no meio deste entrevero.

O riacho é poluído, mas quem se importa?

Quando a impaciência me bate à porta

Contemplo meus mimos, refúgio d’alma.

O vento suave, o clarão da lua

São coisas que alentam o humor que amua,

Onde reencontro a paciência e a calma.

*Soneto na estrutura, mas sem métrica. Gosto de escrever nessa estrutura, mas evito publicar no gênero, pois não tenho paciência para contar sílabas poéticas - escrevo por inspiração - nem para ler comentários dizendo que a métrica está incorreta.