Ato de confissão
Deságuam na tarde versos de alguma tristeza
São versos de fim de estação
Versos de águas incertas
Nem de outono nem de verão.
São versos de águas passadas
Servidas, quase paradas
Versos de solidão.
O tempo urge, ruge e passa
Na terra, sujo as mãos
E este ato me alegra.
Sob o sol que me abraça e me banha
Na melancolia que me enlaça e me cerca
Detenho a vida, para dar vida à flor.
Beijo a todos!