Rouxinol
Que trino é esse que em noite densa,
De longe, passo a escutar?
Qual Alma triste,ouve-se o gorjear.
Triste e só na mata está a espreitar!
Seu canto solitário entoa sonata linda,
E quando tudo silencia,
Em altos brados coloca-se a cantar!
Seus trinados vão do grave ao agudo ,
Num segundo a trinar!
Isso é mui peculiar!
E eis que na manhã
Lá está ele a silenciar!
Pois a mata vira sinfonia,
E seu dom se perderá!
Quão timido tu és!
Onde estarás meu triste Rouxinol?
Preciso te encontrar.
Teu coraçãozinho amargurado,
De repente entristeceu.
A ninguém irás buscar.
Pois então permita minh’Alma
Te encontrar!
Teus lamentos ouvirei.
Quem sabe assim te decifrar!
Ah! Doce pássaro,és mesmo indolente!
Quando os outros cantam,
Corres a te refugiar,
Na Paz querendo estar!