Rouxinol

Que trino é esse que em noite densa,

De longe, passo a escutar?

Qual Alma triste,ouve-se o gorjear.

Triste e só na mata está a espreitar!

Seu canto solitário entoa sonata linda,

E quando tudo silencia,

Em altos brados coloca-se a cantar!

Seus trinados vão do grave ao agudo ,

Num segundo a trinar!

Isso é mui peculiar!

E eis que na manhã

Lá está ele a silenciar!

Pois a mata vira sinfonia,

E seu dom se perderá!

Quão timido tu és!

Onde estarás meu triste Rouxinol?

Preciso te encontrar.

Teu coraçãozinho amargurado,

De repente entristeceu.

A ninguém irás buscar.

Pois então permita minh’Alma

Te encontrar!

Teus lamentos ouvirei.

Quem sabe assim te decifrar!

Ah! Doce pássaro,és mesmo indolente!

Quando os outros cantam,

Corres a te refugiar,

Na Paz querendo estar!

Berta Novick
Enviado por Berta Novick em 05/03/2018
Reeditado em 06/03/2018
Código do texto: T6271257
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