Pedinte
Num mundo onde o ouro nada vale
Peço crédito na praça do seu coração
Buscando cobre ou bronze para pagar
As dívidas que fiz em sua vida.
Mendigo o pão que você me ofereceu
Suplico a moeda que não recebo há tempos
MISERICÓRDIA!
Clamo em meio a multidão de seus sentimentos (e sou ignorado outra vez)
Seus olhos se apartam de mim, putre e fétido
Se tento ser unguento, sou espada.
Quando luto pela vida trago mãos que pingam a morte
"Perdão" foi a única palavra que aprendi deste teu idioma
Anseio ser rei, mas neste lugar só posso ser pedinte
Quero me erguer, mas como verme me arrasto por onde pisas
Preciso dizer que te amo, mas não sei se posso provar
Não sei se posso dar prova do que temo não ter