MEU CURUMIM



É uma orquestra de agudos gritos
Na afinada algazarra bem juvenil
Que sem a maldade e os conflitos,
Cantam seus sonhos mais bonitos
De terem um pedaço deste Brasil.

E nós vamos sempre enganando,
Os invasores lhes fazendo guerra.
O tempo das gerações passando
E nós civilizadamente dizimando,
Os verdadeiros donos desta terra.

Matamos com a nossa ganância,
Pelas riquezas das suas reservas.
Maculamos a sua tenra infância,
Na bestialidade desta ignorância
Destruindo a vida das suas selvas.

E na cobiça do eu sempre quero,
Comem o fruto sem estar maduro.
Extinguindo-me “eu o índio” espero
Que apareça um governo severo,
Que possa garantir nosso futuro.
Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 18/01/2018
Reeditado em 18/01/2018
Código do texto: T6229396
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.