HISTÓORIAS DE MEU PAI

Homenagem à minha maezinha, namorada de meu pai

Andava pela noite...

E tão sozinho andava.

Matas, inóspitos caminhos.

Ouvia um regato. Aves ao ninho

Silenciosas todas me escutavam...

Gritar para quê? A sombra me seguia.

Buscava um amor muito distante,

E a trilha na floresta era meu guia,

E a joia perseguida, mais que diamantes

Alimentava ela o meu intento...

Aos vultos lá nas matas, aos sons estranhos

Faziam-me tremer, Mas vinha o amor, os olhos dela,

O seu olhar de espera na janela

Fazia aquilo tudo arrefecer...

Depois eu me entregava aos braços dela

Até o novo sol amanhecer.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 24/12/2017
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