O anoitecer

O crepúsculo negro e solitário

As janelas entre abertas

As frestas que cruzam o luar

E eu a olhar o negro sem fim

O sentimento do amor

O alivio da dor

A visão dos Deuses

E eu admirar os fadários

Os canários que voltavam

Eu sozinho que ia

A lua majestosa

E ela toda fogosa

O abraço do seres

A cordialidade no ocaso frio

Acaso do destino

O hino do amor

O beijo quente

O presente da vida

A ida ao pecado

O ser amado

O entrelaço dos corpos

A fragância dos seres

O luar a iluminar

E eu a cantar

Na noite eu durmo

Entrego-me ao sombrio

O luar me vigia

E eu jazo repouso