Lágrimas
A chuva bate suave na janela do quarto...
Na vidraça, os pingos vão dando as mãos
Para depois escorrerem juntinhos,
Em lágrimas compridas sobre o vidro.
Uma a uma as gotas vão caindo lá fora,
Semeando promessas pela terra
Ou fugindo desiludidas
Pelo asfalto estéril.
Assim sou eu, às vezes...
Muitas lágrimas já rolaram em minha face:
Medo, saudade, remorso, solidão;
Por nada, às vezes, de alegria
E algumas, até por paixão...
Algumas, valeram a pena,
Outras nem mesmo rolaram,
Morreram na face,
Nasceram em vão.