PESCADA



Eu não tremi, mas suava...
Cheguei até a lamentar
A sombra que convidava
Sentamos para descansar.

Percebi no instante que vi
A língua bifurcada saindo.
Meu amigo mateiro senti
Mão no ombro imprimindo.

Silencio na mata espessa
O urutu deu uma parada
Parou mexendo a cabeça
Em minhas pernas estirada

Mexia a língua bifurcada
A cobra de cruz na testa
Deslisou o peso apressada
E disparou pela floresta.

O amigo disse se borrou
Mas aguentou a parada,
Olhei a calça com horror
Mas não estava mijada.
Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 04/12/2017
Reeditado em 13/12/2017
Código do texto: T6189909
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