Escrever para libertar
Escrever para libertar
Num olhar divinal
O que se passa o que se é
Saída, entrada, o que será
E dessas abas a vida lá fora há de se mostrar
E lá de fora da mesma forma há o que se sentir, imaginar
E em todas as cores, entre elas o azul do céu o verde dos pastos
Há o que se proteger, sim
Coisas do coração
A vida assim não pode ser na contramão
Cortinas bordadas, como asas de anjo a volitar
O vento mexe e remexe com esse sentir e olhar
E Deus na sua sabedoria apontou a simplicidade
Olhos pequenos entram e se abrem em satisfação
O que se guarda é numa outra dimensão
As lembranças vagam pela mente
O barulho da água corrente
O café escorrendo do coador
A brisa passando pela fresta
O canto ao longe de um sabiá
E a imagem da mangueira adoçando as lembranças
E ela ainda no lugar