A fuga
Hoje,recolho-me à portas fechadas
Cônscio da incerteza a fazer daqui moradia
Percebo o vislumbre de um completo nada
Da falência,in totum,que a mim me assedia
Mesmo que até ontem ainda gargalhasse
Acreditasse eternas as fagulhas de vida
Agora ,de assalto me toma a alma
O tédio,que bem me sabe quanta dor ainda
O olhar,que pela escotilha então observa
Num escuro mar segue submergido
Embora não completamente treva
Vislumbra no porvir uma não-garantia
Conquanto não creia impossível a alegria
Agora que a luz de uma estrela morta o atravessa.