TREM DA ESTAÇÃO
O apito
O barulho nos trilhos
Vem chegando o trem
E desembarca naquela Estação
Vejo de longe e não me aproximo
Muitos embarcam, outros ficam.
Vai indo embora devagar
Faz a curva, some e não mais o vejo,
Só a fumaça fica no ar.
Outro trem se aproxima
Ameaço entrar e não entro
Foi-se afastando, distanciando até desaparecer na poeira.
Continuo parada naquela Estação
Outros trens, outros invernos,
Outros verões.
Parada naquela Estação.
Só faço olhar: trem vem, trem vai...
Mais outros trens e mais outros.
Faço que vou e não vou.
Esperando que o trem me embarque
Para o encontro de toda razão
Nos seus inúmeros vagões
Seja em uma primavera ou num outono,
Talvez num inverno ou num verão
Desembarcar noutra Estação.
Agradeço a interação do nosso poeta CHICO MESQUITA:
Saudade de ver o trem passar.
O apito que ele dava,
Faz qualquer um lembrar,
Quando na estação ele chegava.