AS FLORES
Não me deixem longe das flores,
Nem do mel da vida
Tudo é desencontro
Quando sigo pelas mãos das estações
Mudando ligeiramente o tom
Oh, relva das encostas!
Suavidade santa das flores
Meus dedos, minhas mãos são ásperas
Minha alma é rude
Constrastando com a delicadeza da terra
A seda das orquídeas
Clareiam-me, graças a Deus, os raios de luz
Dourados do sol
Que comovem os olhos
No gris amargo da tarde!