SOU VERSO, SOU BICHO...
Minha mente anda perdida
Neste turbilhão de um nada
Em busca de versos se apaga
Na imensidão de minha vida.
Pobre coitada já descrente
Rasteja, quase que arqueja
Que nem serpente, rasteja
Quase morta a areia quente.
Chego a ter dor de mim
Pois sei que sou valhado
No íntimo de minha voz
Sou início sem fim
Engasgo de um trago,
Sou verso, sou bicho em nós.