desesperança e esperança
Aqueles olhos não eram mais os mesmos,
Havia tristeza onde antes imperava a alegria,
E profunda amargura,
No lugar da saudosa doçura.
O horizonte lúgubre,
Pairava vilmente sobre as cabeças,
E o verbo trágico,
Profetizava a implacável sentença.
No pranto suplicante da doce mãe,
A sua alma pura e cristalina,
Transparecia ante os olhos,
Revelando a bondade na surdina.
E o vento negro, carregado de angústia,
Soprava de forma ímpia,
Dilacerando o tenro coração,
E deixando a amada esperança, longínqua.
Neste marasmo sem fim,
Emergido e embebido na desesperança,
Surge uma ponta de confiança,
Uma luz distante e embaçada.
E a alegria vivaz, que antes trazia nos olhos,
Ganha nova vida, novo fôlego,
E ressurge como a fênix,
Entre as cinzas, e um novo clímax.