Dama de vermelho
Ela com suas curvas mexiam com todos no salão de dança
Levava os cavalheiros que com ela dançava ao abismo,
Era disputada e todos queriam o seu perfume sentir,
As peças se moviam e todos os que viam pela primeira vez.
Havia certo mistério na sua conduta e todos se encantavam
Murmúrios e pensamentos os mais sujos possíveis surgiam na noite
Ela criava uma atmosfera de invejas e as outras maldiziam,
Reinava absoluta no cabaret da Vivi, mulher gorda e saliente.
Aquela maneira de ser seguiu como o vento aos arredores,
Logo o Comendador Boaventura se apaixonou por linda dama.
Ficou o rei absoluto daquele abatedouro de finérrimo espécime.
Para alegria de todos os frequentadores na lua de mel o pior,
Aquela dama se esbanjou e apoderando-se do comendador
Foi além da dança e uma chave de cu deu no velho senhor,
Nunca tinha visto uma entrada tão perfeita e caliente e afundou-se
E uma inesperada dor atingiu o seu peito e uma morte chegou,
Ela não se amofinou dia depois já lá no salão do cabaret dançava,
Ninguém mais se atreveu a cantar a linda dama e só dançar seria,
A sua fama de matadora correu bares e a linda viúva seguiu,
Dizem que o maior prazer dela é provocar, mas, nada de provar.
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