Dama de vermelho

Ela com suas curvas mexiam com todos no salão de dança

Levava os cavalheiros que com ela dançava ao abismo,

Era disputada e todos queriam o seu perfume sentir,

As peças se moviam e todos os que viam pela primeira vez.

Havia certo mistério na sua conduta e todos se encantavam

Murmúrios e pensamentos os mais sujos possíveis surgiam na noite

Ela criava uma atmosfera de invejas e as outras maldiziam,

Reinava absoluta no cabaret da Vivi, mulher gorda e saliente.

Aquela maneira de ser seguiu como o vento aos arredores,

Logo o Comendador Boaventura se apaixonou por linda dama.

Ficou o rei absoluto daquele abatedouro de finérrimo espécime.

Para alegria de todos os frequentadores na lua de mel o pior,

Aquela dama se esbanjou e apoderando-se do comendador

Foi além da dança e uma chave de cu deu no velho senhor,

Nunca tinha visto uma entrada tão perfeita e caliente e afundou-se

E uma inesperada dor atingiu o seu peito e uma morte chegou,

Ela não se amofinou dia depois já lá no salão do cabaret dançava,

Ninguém mais se atreveu a cantar a linda dama e só dançar seria,

A sua fama de matadora correu bares e a linda viúva seguiu,

Dizem que o maior prazer dela é provocar, mas, nada de provar.

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LAURO PAIXÃO
Enviado por LAURO PAIXÃO em 04/09/2017
Reeditado em 04/09/2017
Código do texto: T6104696
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