Zen

No mutismo das horas paradas,

fico zen.

No budismo das madrugadas,

fico sem.

Mas, não quero ser santo,

também,

só quero agora ter tanto

e ter alguém,

ser cheio de mim mesmo

ou de outrem.

Parar de andar a esmo,

ser ninguém.

Não andar no passo da morte

nem ser vazio, tampouco

e com um pouco de sorte,

não ser santo do pau ôco.

Riva
Enviado por Riva em 14/08/2007
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