Zen
No mutismo das horas paradas,
fico zen.
No budismo das madrugadas,
fico sem.
Mas, não quero ser santo,
também,
só quero agora ter tanto
e ter alguém,
ser cheio de mim mesmo
ou de outrem.
Parar de andar a esmo,
ser ninguém.
Não andar no passo da morte
nem ser vazio, tampouco
e com um pouco de sorte,
não ser santo do pau ôco.