POR ESCRITO...
Se é para chorar, que seja por escrito,
As minhas lágrimas não verás,
Mas aceito o sacrifício.
Se é para sonhar, que seja irrestrito.
Dos meus sonhos o que serás?
O credo nos tímidos sorrisos?
Se viver é recordar, que seja sem atrito,
Dos sentimentos não sou às,
Sou poeta, um tolo esquesito.
Se morrer é terminar, que não seja por isso,
Pois os meus resquícios tão reais,
Ainda me mostram um ser vivo.
Se assim do amor me tornei apenas crítico,
À forma desse amor ainda voraz,
Embora fugaz, não é paz de espírito.