O mesmo medo
O suor frio escorre diante do ar viciado;
Faz necessário devolver-me a calma.
Havia postulado dedicar-me,
Incessantemente até faltar-me o ar...
Até desafogar.
Encurtam todas as distâncias marcadas,
Por sinais luminosos colidindo-se;
Como cartas na manga rasgada,
Como chuva na roupa molhada.
Sumindo, meu controle se despede.
Estremeço só de crer que haverá,
Breve como o presente,
Mais da mesma rotina mórbida,
Atrás da mesma cortina sórdida.
Para respirar meu ar, cansado,
Recorro à minha falta de percepção;
Mas como opção compulsória,
Da solidão de meus corpos dispersos,
Faço de mim, movido por paixão,
Possuidor da felicidade!
...Nem que seja ilusória.