O mesmo medo

O suor frio escorre diante do ar viciado;

Faz necessário devolver-me a calma.

Havia postulado dedicar-me,

Incessantemente até faltar-me o ar...

Até desafogar.

Encurtam todas as distâncias marcadas,

Por sinais luminosos colidindo-se;

Como cartas na manga rasgada,

Como chuva na roupa molhada.

Sumindo, meu controle se despede.

Estremeço só de crer que haverá,

Breve como o presente,

Mais da mesma rotina mórbida,

Atrás da mesma cortina sórdida.

Para respirar meu ar, cansado,

Recorro à minha falta de percepção;

Mas como opção compulsória,

Da solidão de meus corpos dispersos,

Faço de mim, movido por paixão,

Possuidor da felicidade!

...Nem que seja ilusória.

Valter Pereira
Enviado por Valter Pereira em 09/08/2007
Código do texto: T600238
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