Alvor

Do fundo do meu quarto no cerrado

Ouço a madrugada, de tão silenciosa

Que faz, do vento trautear desentoado

E do canto do galo... prece religiosa!

Ouço a noite cochichar ao meu lado

Fuxico escusado da hora vagarosa

Sem dó nem piedade, nem agrado

Despetalando a solidão tal uma rosa...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

maio de 2017 – Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 15/05/2017
Reeditado em 30/10/2019
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