Alvor
Do fundo do meu quarto no cerrado
Ouço a madrugada, de tão silenciosa
Que faz, do vento trautear desentoado
E do canto do galo... prece religiosa!
Ouço a noite cochichar ao meu lado
Fuxico escusado da hora vagarosa
Sem dó nem piedade, nem agrado
Despetalando a solidão tal uma rosa...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
maio de 2017 – Cerrado goiano