Prenúncio de chuva


Dia pesado,
Abafado
Só o silêncio impera
Em todos os cantos.
Emudecem os pássaros,
Ressabiados, prenunciando
A chuva iminente,
Contida atrás
De nuvens arredias.

Nosso corpo
Debate-se
Com o calor abrasante
Que nele se insinua,
Fazendo com que
Nossa pele queime,
Umedecida pelo suor
Que desliza
Em gotas.

É como se lágrimas quentes
Poluíssem-nos o corpo,
Numa sensação
Desagradável
De falta de higiene
E desleixo total.

Quando, finalmente,
O céu se abre
Em crateras
E deixa derramar
Um mar de água fresca,
Sente-se
Um prazer imenso
Ao sentir o frescor
Que dela emana
Como uma cascata
Benfazeja
Que traz de volta
À natureza
A beleza que atrás de nuvens
Se escondia.


 
Antonia NeryVanti (Vyrena)
Enviado por Antonia NeryVanti (Vyrena) em 04/05/2017
Reeditado em 15/09/2017
Código do texto: T5989319
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