O Teatro da Vida
O Teatro da Vida
O pano do teatro desta vida subiu,
A tragédia da existência representou.
Todas as farças e quimeras ali ensaiou
Muitas farças dramas tragédias se viu.
Peças representadas com dramantismo
Cantando alegrias sonhos e tristezas,
Desta vil vida cheia de tantas incertezas
Desde as idadades e das era enfáticas.
No momento muitas luzes acenderam
Mostrando todos aqueles cenários,
Garridos, amarelos como canários
Todos os autores alegres agradeceram.
Aquele era um belo espetáculo das vidas,
Tanto representam; ora tristes ou alegres.
Em momentos longos ora muito breves
Eram recordações de entradas e saídas.
Na orquestra os tambores ora rufando,
Juntavam-se aos harpejos das harpas.
Dedelhadas como o cravar de farpas
E os coros do teatro acompanhando.
No momento, de entre-atos silêncio,
Como na vida falam sempre verdades.
Expulsando as vozes das falsidades,
Gritos do grande ensaiador Vicêncio.
Terminando este festival reprentativo,
Ali com grandes segredos ciciados.
Que por maldade foram desvendados
Num espetáculo alegre e bem festivo.
Apagadas aquelas luzes, baixado o pano.
A peça ficou na memória bem vincada
E por todo o elenco bem representada.
Com vida de sempre ano após ano.
Ainda se estão ouvindo as salvas de palmas!
Pensei que a ovação jámais iria terminar,
Todos sairam bem alegres e a cantarolar.
J. Rodrigues (Galeano) 30/01/2017