Depressão poética - VII
O quadro
Na parede branca da sala um quadro
Um quadro simples com cores da Primavera
Talha dourada bem ornamentada
No canto o cadeirão, uma mesa de apoio
E um livro, virado ao contrario
Aberto numa qualquer página…
(…)
Fitei o tempo e o quadro
A imagem do tempo apagado
E Afonso sentado, lendo,
Fumando um cigarro,
O fumo que rodopia no tecto
Pinta de tons amarelos
A cal que branca oculta o céu
E as estrelas que um dia brilharam
No terno e doce olhar…
(…)
Dos gritos que as paredes calam
Resta a memória das crianças
Dos livros desarrumados
O martelar desordenado
Teclas sofredoras as do piano…
(…)
Esqueço-me de contar os silêncios
E as ausências da casas que esteve cheia
Dos jantares e prendas, dos abraços,
Das chegadas, das saudades
O cheiro da madeira queimando na lareira,
As decorações por toda a casa,
Hoje apenas memória escrita numa lágrima,
Ao ver retirar o quadro da parede branca!
Na parede branca da sala um quadro
Um quadro simples com cores da Primavera
Talha dourada bem ornamentada
No canto o cadeirão, uma mesa de apoio
E um livro, virado ao contrario
Aberto numa qualquer página…
(…)
Fitei o tempo e o quadro
A imagem do tempo apagado
E Afonso sentado, lendo,
Fumando um cigarro,
O fumo que rodopia no tecto
Pinta de tons amarelos
A cal que branca oculta o céu
E as estrelas que um dia brilharam
No terno e doce olhar…
(…)
Dos gritos que as paredes calam
Resta a memória das crianças
Dos livros desarrumados
O martelar desordenado
Teclas sofredoras as do piano…
(…)
Esqueço-me de contar os silêncios
E as ausências da casas que esteve cheia
Dos jantares e prendas, dos abraços,
Das chegadas, das saudades
O cheiro da madeira queimando na lareira,
As decorações por toda a casa,
Hoje apenas memória escrita numa lágrima,
Ao ver retirar o quadro da parede branca!