ANTES DA TREVA
As sombras das moitas foscas
sempre assombrando pessoas afoitas
buscando efeitos da paranoia mórbida
tremendo defeitos dos pesadelos tesos,
agregam feitos de esperanças mortas.
E o grito que no silencio açoita
turva o tempo de um escuro paranoico
encomendam sentimentos de rocas estradas
colecionam sedimentos de roupas lavadas
e cambaleiam por contos turvos de Pinóquio.
Vejam... Concretos agora te salvam
com palco de ferros, areias e rock
um dia derrete-se tudo com lavras
e cobertas cobrirás, apenas os fortes.
Vamos... Acordam, acordam antes da treva.
Não vê que são levados por ondas malignas!
Não pense que são sonhos que te leva
nem ache que te cega, orações dignas.
Antonio Montes