ALHEADA
Distraída, distraída....
Lá vai ela pelas calçadas
fingida sem saber de nada,
nas passadas largas da vida
pelas idas, pelas vindas
expandindo toda rima
em sua lagrima caída.
No olhar para o futuro...
Chorar por marcas passada
a cada sonho uma partida,
dardo aos ventos inseguro
aos quatro cantos do mundo
pesadelos difusos sem fundo
nas cismas de outras vidas.
Distraída, distraída...
Flechas alteradas, erradas
papas do ontem... Congeladas
freezer do hoje, uma fada
estão liquidificando a digital
o futuro entrou pelos planos
e os anos todos aos cambal.
Antonio Montes