E MEUS VERSOS COMO SE TORNARAM INTOCÁVEIS

A noite cai lenta e fria

A lembrança de teu olhar me assevera

As suas roupas jogadas na sala

Seu vestido de primavera

A taça de vinho ainda borrada

Com o vermelho de seu batom

Um salto alto caído perto do sofá

O mesmo CD permanece no som

Teus lingeries pendurados no varal

Em especial, aquela da última noite

Como sangra minha alma em saudades

Que me ardem o peito feito açoites

As memórias são muitas

As dores, inimagináveis

As notas de minha sinfonia são tristes

E meus versos como se tornaram intocáveis

Já não tem mais a inspiração do teu amor

Já não se inflamam de coragem e ousadia

São vazios como vazio é seu lugar

Em minha cama, nossa cama tão vazia

Eu a amo, amo e amo

Eu desejo teu regresso

Só não sei se sobrevivo

Uma coisa então te peço

Que por mais uma noite eu a tenha

Que por mais um momento eu a beije outra vez

Que por mais um segundo eu te sinta em meu olhar

Que eu possa tocar sua tez

Peço-te que me deixes sentir teu cheiro

Por mais uma noite, sua respiração

Tudo que te clamo, oh! amada minha

É que jamais abandones meu pobre coração

FidelisF
Enviado por FidelisF em 24/11/2016
Código do texto: T5832945
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