EU TE AMO, AINDA QUE MORTE E A VIDA NOS DISTANCIAM

Sonetos e versos tristes

Vinho derramado sobre a mesa

Uma vela quase apagando

Alimentada pela tristeza

Olhos vazios no tempo

Buscando qualquer coisa que lembra você

É triste a dor de uma saudade

De um amor que lutou para não morrer

A enfermidade chega a todos

E ela te alcançou

Tirou de mim seu belo sorriso

E em teu lugar profunda dor ficou

Hoje, teu cheiro ainda permanece em cada peça

No guarda roupa e no banheiro

Há dias que me bate uma angústia tamanha

Sou levado pelo desespero

Tua camisola permanece na cama

Ninguém a toca, porque não deixo

Ainda é o mesmo lençol

Aquele com marcas de seu beijo

Seu prato favorito eu guardo

Seu garfo e sua faca

Teu lugar na mesa é intocável

Sento ali para sentir você mais uma vez

Eu te amo, ainda que a morte a tenha tomado

Eu te amo, ainda que morte e a vida nos distanciam

São saudades que não tem igual

Numa canção tão vazia

Sei que te faria chorar se lesse esse poema

Mas hoje quem chora sou eu

A lápide fria que cobre teu corpo

Um dia será a coberta do meu

FidelisF
Enviado por FidelisF em 23/11/2016
Código do texto: T5831933
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