Malditas lembranças
 
Escorreguei num pensamento viscoso
Que me grudou às lembranças
Há muito tempo arquivadas...
Deslizei pelo lodo pegajoso
Tragado pela areia movediça
De coisas esquecidas, passadas.
 
Lembranças não se enterram,
Ficam mortas insepultas!
Pelos vermes, não são consumidas,
Não envelhecem, são sempre adultas...
Não afundam nas profundezas abissais,
Nem ardem nos calores infernais!
 
Quero aprender a arte da magia,
Para esta intrusa poder expulsar,
Desinfetar pensamentos invasores,
Viver só na minha fantasia,
Para maravilhas poder sonhar,
Recordando somente meus amores!