O NOME PELO QUAL SOLUÇAS E CHAMA
Quiçá eu pudesse cobrir teu corpo
Como o edredom que se esparrama em sua cama
Quiçá eu fosse em teu desespero
O nome pelo qual soluças e chama
Ser a água a lavar-te pelas manhãs
O primeiro ar de sua lúcida respiração
Ah! Quem dera ser o teu travesseiro
E no teu desespero, te cobrir de paixão
Quisera eu, ser tua primeira refeição
Teu alimento matinal
Ser o primeiro ar ao abrir as janelas
Ou a flor em seu quintal
Quisera eu, ser teu caminho
Tê-la nas idas e voltas
Ser o muro que a protege
E as trancas de sua porta
Como desejaria ser o sofá
No fim do dia, seu corpo cansado
Pudesses em mim repousar
E descansar