Encanto

Suave noite que traz a leve brisa dos campos abluindo minha’lma!

O cheiro dos arvoredos me entorpece como se uma porção tivesse bebido!

Admiro a lua e a Tritoma do jardim que imponente exibe seu broto viçoso.

A dança das folhagens me cerceia, e lembranças bucólicas surgem em minha mente.

O som do riacho é sinfonia aos meus ouvidos. Inebriada fico! Fico! E sinto o sabor da flora, o cheiro do vento e tudo parece doce, o olor do rio o oloroso vento.

Contemplo! E fascino-me diante de tanta beleza.

Suave noite! Que me traz uma inquietação doce e sonhos fugazes no qual sou feliz.

Fecho os olhos e a leve brisa parece me por no colo e imóvel fico! Somente meus pensamentos voam e secretamente buscam enxergar o que os meus olhos não podem vê.

Natureza! Perfeita natureza! Exala um agradável cheiro e uma sensação de leveza, de pluma solta ao vento.

Envolvida fico! E flutuo, flutuo... Não quero! Mas aterrissar preciso! Uma sombra de medo me apavora. Medo que meus pensamentos voem nas asas de Ícaro e tudo se finde antes que eu abra os olhos.

Desperto! E tudo parece perfeito! E exultante fico. A fascinação amortece o pesado fardo que meus ombros já não suportam.

Suave noite! Adormeço!? Deliro!? Sinto a leve brisa me tocar e a natureza me acalmar com sua habitual canção de ninar, que somente quem teve o amor decantado consegue ouvir.

Ginalda Azevedo Tabosa
Enviado por Ginalda Azevedo Tabosa em 17/11/2016
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