CORUJA SOBRE TELHAS
Em noite de lua cheia,
sobre as telhas...
Pousa a coruja na cumeeira,
trincando assim...
O parafuso em mau uso.
Nesse ínterim...
Despenca água
cai enxurrada
molha goteira
apagando o candeeiro
que quase cheio, não mais encadeia.
A lamparina velha...
No outro quarto, em desuso
se junta aos sapatos fora de uso.
Ali, tudo esta sob o escuro... E,
até o vento se esquiva na quina do muro
... Pé na quina
dedo no olho
medo de molho...
Os nervos dos sentimentos,
estão tremendo-o.
A voz em surrealismo se estica...
Socorro! Socorro!
Antonio Montes