ANZOL DA VIDA
Oh pátria querida do meu Brasil...
Todavia é de ti, tudo que;
tem sido e penso de mim...
Minhas lutas, meus louros
esperanças e esplendor
sempre é para ti
todo o nosso louvor.
Que pena...
Todas as minhas penas serem suas
mas não tenha tanta pena assim!
Pois quando eu partir...
ficarás para ti;
Todas essas cidades
todas essas luzes e essas ruas,
e tudo aquilo que
durante o meu tempo, construí.
Oh pátria querida...
Que pena que seus donos são os meus
e esses levam tudo de ti e de mim
para o mundo de outro Deus.
Pátria querida...
Eu sei que é minha a sua vida
assim como sei que:
Pertence a seus donos, tudo que tenho,
muitas vezes para lhes defender...
Transformo o meu ser
em uma coisa bandida...
Matando roubando
ate mesmo despedaçando
a minha e as demais vidas.
Oh pátria querida...
Seus donos atiram-nos migalhas
tiram o sol do alvorecer do nosso viver
e da perpetuidade da nossa guarida.
Pátria querida, responda-me...
Que liberdade me pertence
se o tempo de nossos fazeres
é maior que o tempo do nosso viver?
Seu imposto me leva
as ruínas tu me entrega.
Diga-me pátria...
o que é que faço nessa terra?
Porque que a sua vida
é um anzol tão fera!
E, todavia, nos enterra?
Antonio Montes