ANZOL DA VIDA

Oh pátria querida do meu Brasil...

Todavia é de ti, tudo que;

tem sido e penso de mim...

Minhas lutas, meus louros

esperanças e esplendor

sempre é para ti

todo o nosso louvor.

Que pena...

Todas as minhas penas serem suas

mas não tenha tanta pena assim!

Pois quando eu partir...

ficarás para ti;

Todas essas cidades

todas essas luzes e essas ruas,

e tudo aquilo que

durante o meu tempo, construí.

Oh pátria querida...

Que pena que seus donos são os meus

e esses levam tudo de ti e de mim

para o mundo de outro Deus.

Pátria querida...

Eu sei que é minha a sua vida

assim como sei que:

Pertence a seus donos, tudo que tenho,

muitas vezes para lhes defender...

Transformo o meu ser

em uma coisa bandida...

Matando roubando

ate mesmo despedaçando

a minha e as demais vidas.

Oh pátria querida...

Seus donos atiram-nos migalhas

tiram o sol do alvorecer do nosso viver

e da perpetuidade da nossa guarida.

Pátria querida, responda-me...

Que liberdade me pertence

se o tempo de nossos fazeres

é maior que o tempo do nosso viver?

Seu imposto me leva

as ruínas tu me entrega.

Diga-me pátria...

o que é que faço nessa terra?

Porque que a sua vida

é um anzol tão fera!

E, todavia, nos enterra?

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 30/10/2016
Código do texto: T5807827
Classificação de conteúdo: seguro