Motivo dos Astros
Choro celestial vindo dos espaços ermos
estridente, como melodias alabastrinas.
Fez murchecer os lírios,
nas sidéreas montanhas finas.
Eis que surge um perfil deserto
de menina, lânguido e rosado.
Com que, seus olhos circundava
a esfera dolosa e fúnebre, da Lua astuta.
Derramando lágrimas frias
em pequenas grutas e ondulações feridas.
Surgindo estrelas errantes
nas quimeras vazias.
Seus cabelos flutuavam como botões
de rosas, no aromal caminho de mechas
cheirosas.
Florescendo em ventos esparsos
e no Azul sidéreo, sem expressão.
Vagando nas névoas formas cerúleas
de monótonos amores e rumores claros.
Soluçava dormindo nas dolências do destino.
Enquanto brincava de escrever versos
para os Astros cingindo.