SEGA NAVALHA

Eu vou sair pelado, há pé, sem nada

malas, cheias pintadas de saudades

sairei triste, a chorar pelas estradas

magoado pelo tapa d'essa vontade.

Nesse fundo olhar, cheio de lagrima

carregarei a ultima fotografia sua

deixarei que meu choro seja a trava

e turve os rumos, da minha rua nua.

Não direi para onde ir, e já que vou

esquecerei o endereço que tive de ti

assim, como aquelas tardes de amor.

Sim, ainda carregarei o cheiro daqui

a beleza do jardim, a essência da flor...

É vida que acompanhará a minha dor.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 06/10/2016
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