SEGA NAVALHA
Eu vou sair pelado, há pé, sem nada
malas, cheias pintadas de saudades
sairei triste, a chorar pelas estradas
magoado pelo tapa d'essa vontade.
Nesse fundo olhar, cheio de lagrima
carregarei a ultima fotografia sua
deixarei que meu choro seja a trava
e turve os rumos, da minha rua nua.
Não direi para onde ir, e já que vou
esquecerei o endereço que tive de ti
assim, como aquelas tardes de amor.
Sim, ainda carregarei o cheiro daqui
a beleza do jardim, a essência da flor...
É vida que acompanhará a minha dor.
Antonio Montes