Um adeus


Nasce-me um adeus no peito,
Os dias de ontem que morreram,
Não levo comigo saudade,
Nem na alma actos passados,
Nem sob o peito flores mortas,
Quantas aventuras vividas
Já não me cabem na memória,
Nem versos de amor ilusório,
Cabem silêncios de amores ausentes,
Cabem as imorais poesias de desejo,
Sabor amargo de um perdido beijo,
Por um instante despeço-me de Deus
Despeço-me de mim, do nada que vivi
Lagrimas que perdem sentido
Diante das palavras que me crescem
Na dor do silêncio da mente
Silêncio que me envolve na alva bruma
Pesado cansaço opressor das ideias,
Adormeço em mim…
Nascendo-me um adeus no peito,
Para renascer num amanhã
Na alvorada de um novo dia!

Alberto Cuddel
Enviado por Alberto Cuddel em 20/09/2016
Código do texto: T5767206
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.