SOU UM NARCISO ATORMENTADO
Igualmente à Narciso, que atormentado pela sua beleza
Se lança aos braços de um grande rio, me encontro
Em frente a um espelho d'água, limpa e clara
Não reflete a mim , mas ao estigma de minha carne
Que com pesares contempla-te mais e mais longe
Quem dera ter um mirante, pra clarear minha estrada
Te enxergar mais perto, fazer da vida uma nova alvorada
Talvez ainda eu encontre, o caminho para o teu coração
Laçar as rédeas do destino, ter-te em minhas mãos
-" Alguém disse que o poéta é um fingidor, que finge sentir a dor que deveras senti; Concordo..."