O Fim da Poesia

O poeta está morrendo

Salvem o poeta

O amor se perdendo

Salvem o amor

Às escondidas

O amor que não se pratica

As horas perdidas

Desejos contidos

O tédio desesperador

Para essa dor não existe remédio

Exceto os beijos escancarados

Que me negas por pavor

Se o mundo contra nós

Contrariemos o mundo

O enfrentemos por nós

Ou que o amor caia em esquecimento profundo

Calar o coração

Amar em silêncio

Rendição à razão

É só nisso que penso

Não posso e não quero

Amar-te sem me amar

Não renego meu berro

Antes a derrota aceitar

O poeta está morrendo

Pois perdendo a inspiração

O poeta se perdendo

Pois amar não é razão

Jefferson Andrade
Enviado por Jefferson Andrade em 20/07/2007
Código do texto: T572807
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